Dep. Dedé Teixeira (PT)
O deputado Dedé Teixeira (PT) afirmou, na sessão plenária desta terça-feira (11/10), que o prefeito afastado de Icapuí, José Edilson da Silva, deixou um rombo de mais de R$ 18 milhões nos cofres públicos daquele município. Ele foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Ceará, em 19 de setembro último. A acusação era de abuso de poder político e econômico. Nove dias depois, o presidente da Câmara, Manoel Jeová da Silva, assumiu o posto, e por determinação do Tribunal, novas eleições acontecerão em 13 de novembro.
Conforme Dedé, a dívida milionária tem dificultado os trabalhos da gestão interina. O petista revelou que, só de consignados não repassados aos bancos, o desvio chega a R$ 4 milhões. “Tiraram o dinheiro do servidor. Mas não encaminharam às instituições”, explicou.
Outros R$ 2,7 milhões estão ligados a irregularidades no Fundo do Servidor Municipal (Icaprev). De acordo com o deputado, quantias do Icaprev são utilizadas irregularmente para o pagamento de serviços terceirizados. Ele disse que o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Tribunal de Contas da União (TCU), Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) e Controladoria Geral da União (CGU) foram acionadas para a realização de auditorias na cidade.
Dedé informou que contatos estão sendo feitos com secretários estaduais para parcerias serem firmadas no sentido de viabilizar a administração de Jeová. “Não vamos provocar ninguém. Queremos apenas que a equipe possa governar de forma tranquila, para Icapuí voltar a construir sua dignidade”, pontuou.
Dedé comentou ainda a posse do ex-presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Roberto Smith, como membro do Conselho de Administração da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece). Ele assumiu o cargo ontem, a convite do governador Cid Gomes. “Consideramos uma decisão acertada por entendermos que essa entidade tem um papel fundamental nas políticas de interiorização do desenvolvimento”, citou o petista.
Em aparte, o líder do Governo na AL, deputado Antonio Carlos (PT), considerou “um exemplo” o trabalho de Smith no BNB. “A Adece está muito bem entregue aos predicados desse competente professor de economia”, considerou.
Por fim, Dedé ressaltou o marco de dez anos da existência das cotas raciais no Brasil. Em decorrência da data, o sistema será analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado criticou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) impetrada pelo Partido Democratas (DEM) contra as cotas na Universidade de Brasília (UnB).
BC/LF
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