A deputada Dra Silvana (PMDB) foi à tribuna, na sessão desta quinta-feira (06/10), para debater as propostas da reforma política, entre elas o sistema de voto distrital que recebeu críticas da parlamentar. O projeto de reforma política deve ser votado pela Comissão Especial da Câmara até o fim de outubro.
Ao ler artigo do jornalista Marcos Coimbra, na revista Carta Capital, a deputada explicou que no sistema de voto distrital cada membro do Legislativo é eleito individualmente nos limites geográficos de um distrito pela maioria dos votos. Para tanto, o País será dividido em determinado número de distritos eleitorais, normalmente com índice populacional semelhante entre si, cada qual elegendo um dos políticos que comporão o Legislativo.
Para Dra. Silvana, esta proposta é um retrocesso na política brasileira, pois, segundo ela, o País seria dividido em feudos. “Isso nada mais é do que a volta ao feudalismo. Acabaria com a vontade política das pessoas. Como é que os evangélicos que pensam de forma parecida fariam seu candidato. Várias outras agremiações seriam prejudicadas”, disse a deputada.
Em aparte, o deputado Carlomano Marques (PMDB) discordou da colega de partido. Segundo ele, o voto distrital vai facilitar a análise dos representantes pelos eleitores, já que cada partido vai apresentar apenas um candidato em cada distrito.
Já os deputados Capitão Wagner (PR), Mirian Sobreira (PSB) e Antonio Carlos (PT) criticaram o sistema distrital e cobraram a participação da sociedade nas discussões sobre o projeto da reforma política. “Se a população não participar, isso só vai atender aos grandes partidos”, afirmou Mirian Sobreira.
JU/CG
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