Dep. Lula Morais (PCdoB)
O deputado Lula Morais (PCdoB) comentou, na sessão plenária desta terça-feira (18/10) da Assembléia Legislativa, a polêmica em torno do titular do Ministério do Esporte, Orlando Silva. Ele é acusado de integrar um esquema de desvio de verbas do Programa Segundo Tempo, destinado a oferecer práticas esportivas e culturais a crianças em situação de vulnerabilidade social. A denúncia foi feita pelo policial militar do Distrito Federal João Dias Ferreira à Revista Veja.
Orlando Silva encurtou sua permanência nos Jogos Panamericanos de Guadalajara, no México, para dar explicações sobre o escândalo. Segundo o PM, mais de R$ 3 milhões foram desviados. Lula Morais seguiu a linha de revide do ministro e tachou o militar de “bandido”. O deputado lembrou que João Dias foi preso pela Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado na Capital Federal.
O policial é acusado de liderar uma quadrilha de falsificação de notas fiscais do Ministério. Conforme Lula, a Divisão chegou até ele após Orlando Silva solicitar a abertura de investigações. Os bens foram confiscados e, hoje, o ministro dá explicações sobre o caso no Congresso Nacional. “São acusações levianas. Querem mudar a pauta para uma agenda negativa no Governo Dilma. Desde o primeiro dia, forças conservadoras não aceitam que tenhamos uma agenda positiva”, disse.
Para o parlamentar, essa é uma tentativa da Veja de manchar a imagem do PCdoB, o partido político mais antigo do Brasil, com 90 anos de história. No Congresso, o PSDB já pediu o afastamento de Orlando Silva. “Até que se prove o contrário, todos somos honestos. Principalmente quando a acusação sai da boca de um criminoso”, pontuou.
Em aparte, o deputado Moésio Loiola (PSD), disse ter apreço pelo ministro. Mas, não está convencido com as declarações de Orlando Silva. “Até outro dia, esse Dias (o PM) era do PCdoB e andava com o ministro. Quanto mais o ministro puxa a terra, mais se enterra. E ele já tem uma presepada sobre o cartão corporativo”, recordou, referindo-se à polêmica do uso do benefício para comprar uma tapioca, em 2008. À época, Orlando classificou o episódio como “um engano”.
Lula Morais argumentou que o policial militar filiou-se ao PCdoB em 2006, quando foi candidato. Logo em seguida, de acordo com o deputado, deixou a legenda. “Ele nunca participou da vida do partido. Não era militante”, sublinhou o comunista.
BC/LF
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