O deputado Osmar Baquit (PSD) defendeu, durante a sessão desta quinta-feira (13/10), o pagamento de gratificação para os policiais militares que trabalharem durante seus dias de folga ou que fizerem a segurança em eventos privados. Segundo o deputado, em capitais como Recife e São Paulo o governo já os remunera nos dias em que eles são convocados. “É injusto que um policial, que está em casa num domingo de folga e é chamado pelo seu comandante para trabalhar, não receba nenhum tipo de pagamento”, comentou.
Ainda conforme ele, o policial já tem uma carreira estressante, cansativa, e, quando vai recompor suas energias, muitas vezes é convocado. “Então ele pode até se questionar: qual o tipo de incentivo que eu tenho, se não posso sequer ter um lazer com a família ?”. O deputado pediu ao líder do Governo na Casa, deputado Antonio Carlos (PT), que intercedesse junto ao Executivo Estadual para rever a situação dos PMs.
Baquit criticou, ainda, os eventos de natureza privada que recebem segurança dos policiais militares. “Em eventos como o Fortal, que geram muito dinheiro para os seus promotores, são escalados muitos policiais. Em jogos de futebol, também acontece o mesmo”, disse. Ele sugeriu que seja direcionada uma parte da taxa de administração dos estádios para pagar os policiais.
Em aparte, o deputado Capitão Wagner (PR) disse que, pelo Estatuto dos Policiais Militares, eles têm que se dedicar integralmente às suas funções. “Quando somos convocados, temos obrigação de trabalhar, quer seja em um evento, quer seja numa rebelião, mesmo estando de folga”, pontuou. Ele concordou com Baquit sobre o pagamento de uma gratificação para os policiais.
A deputada Dra Silvana (PMDB) afirmou que “os grandes empresários de eventos devem pagar pela segurança”. Ela propôs que Baquit apresente um projeto de indicação sobre o tema. “Se os empresários pagarem, não haverá ônus para o Estado”, frisou.
O deputado Moésio Loiola (PSD) ressaltou que já tramitou, na Assembleia, mensagem do Governo do Estado propondo o pagamento de uma gratificação para os PMs. “O que não pode acontecer é deixar que o policial cobre pela segurança porque vira milícia, que é muito perigoso”, avaliou.
O deputado Lula Morais (PCdoB) salientou que pagar pela segurança dos policiais militares é ilegal. “Segurança pública não pode ser cobrada”, disse. Para o deputado Fernando Hugo (PSDB), “eventos sabidamente lucrativos e privados não deveriam utilizar a gloriosa força militar da nossa PM”. Ele disse que “é preciso evoluir nesse sentido e taxar quantitativos que gerem benefícios diretos para os policiais”.
EU/CG
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