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Há dois meses, em uma tarde com forte precipitação pluviométrica em nossa cidade, encontrava-me em trânsito no retorno do trabalho, no céu além de densas nuvens já contemplava-se a chegada do lusco-fusco.
Chegando nas imediações do complexo residencial Luíza Távora, isto é, nas cercanias da Aldeota, vislumbro na minha frente um carro coletor de lixo. Em sua traseira estavam três garis, profissionais, que colaboram com a limpeza do ambiente em que vivemos.
O trânsito estava lento por isso pude, pela primeira vez, contemplar um pouco mais a situação de trabalho desses heróis da limpeza.
O que vislumbrei de fato me chamou a atenção. Era um cenário de total insegurança, contrariando todas as normas de segurança do trabalho, sem contar ainda que lesa frontalmente a dignidade da pessoa humana.
Eles andavam verdadeiramente pendurados sobre a caçamba na popa do caminhão.
Fiquei olhando e imaginando: se um deles sentir uma tontura ou um episódio hipoglicêmico irá ao chão inapelavelmente, pois eles estão sustentados apenas por suas mãos e por sua coordenação, enquanto os colegas já preocupados também com suas vidas, só poderão assistir e nada fazer.
Pergunto: o que custava a essas companhias de serviço público colocar à disposição dos operários uma cinta de segurança presa ao carro, com uma presilha que facilmente seria solta para a labuta dos mesmos que consiste em descer e subir no carro com os sacos de lixos nas mãos?
Outro fato que me escandalizou foi a total vulnerabilidade da integridade física dos ocupantes deste estilo de veículo.
Atentem senhores leitores, que se um carro colidir na traseira desses caminhões poderá independentemente da velocidade da colisão causar sérios danos, como, por exemplo, decepamento das pernas dos garis.
A dianteira de qualquer carro considerado baixo atinge exatamente a linha da cintura para baixo, enquanto uma camioneta poderá atingir a parte torácica do corpo. Outra vez pergunto: por que não colocar uma proteção de ferro, como uma espécie de para-choques?
Por fim, saliento uma cena a que assisti durante o percurso próximo a esse “caminhão do lixo” e que em muito me emocionou: ao passar defronte algumas casas do conjunto Luiza Távora, eis que cinco crianças saíram correndo e começaram a acenar para os garis, como se para eles fossem heróis que desfilavam em frente as suas residências.
O que deveria ser um alento e uma injeção de ânimo encontrou em um dos garis a seguinte frase enquanto acenava: “tomara que elas estudem para não acabarem como a gente”.
Encerro, pois, clamando às autoridades para que busquem normas e garantias maiores à segurança desses verdadeiros heróis marginalizados.
 Roberto Victor Pereira Ribeiro

Postador Dra. VALÉRIA

Aqui você coloca uma descrição do postador exemplo. Oi lá! eu sou um verdadeiro entusiasta Na minha vida pessoal eu gastar tempo com a fotografia, escalada, mergulho e passeios de bicicleta da sujeira.
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