Três palestras de especialistas marcaram o início do I Encontro de Pais e Responsáveis por Pessoas com Síndrome de Down, realizado pela Comissão da Infância e Adolescência da Assembleia Legislativa na manhã desta segunda-feira (07/11). A programação segue à tarde com uma mesa redonda. A ideia é tirar desses dois momentos um protocolo de intenções que defina ações de apoio às pessoas com Síndrome de Down no Ceará.
A presidente da Comissão da Infância e Adolescência, deputada Bethrose (PRP), defendeu a educação como principal bandeira para as crianças com Síndrome de Down. Para a parlamentar, essas crianças devem frequentar escolas regulares, e as secretarias de Educação realizar um "chamado público” para que os pais matriculem os filhos.
De acordo com Valdester Cavalcante, cirurgião-cardiopediatra e diretor do Instituto do Coração da Criança e do Adolescente, que atua no Hospital do Coração de Messejana, metade das crianças com Síndrome de Down sofre de cardiopatia congênita - anormalidade na estrutura ou função do coração, que surge nas primeiras oito semanas de gestação quando se forma o coração do bebê.
Para Valdester Cavalcante, o diagnóstico precoce, durante a gestação, é importante para planejar o parto e identificar a necessidade de intervenção cirúrgica. “Se o diagnóstico não for feito na gravidez, deve acontecer logo nos primeiros dias de vida para aumentar a possibilidade de que a criança leve a vida desenvolvendo atividades físicas normalmente.”
A pedagoga Assunção Oliveira Almeida, integrante do Grupo Valdorf Michael, falou sobre a pedagogia humanista e curativa. A abordagem abrange os campos da pedagogia, da psicologia e da medicina, observando o desenvolvimento cronológico da criança e os métodos necessários nas diversas idades, levando em conta as imperfeições físicas, psíquicas e espirituais da pessoa que precisa dos cuidados especiais.
A médica e geneticista Maria de Fátima Vitoriano de Azevedo, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), abordou os cuidados gerais com a criança com Síndrome de Down. Pais e responsáveis pelas crianças também relataram suas experiências.
Fonte: AL-CE
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